25 de out. de 2009

Artigos do 2º número do nosso informativo

ESPAÇO DA OUVIDORIA


Ser educador exige dos profissionais muito mais que competência técnica e conhecimento do conteúdo a ser ministrado.
Transformações sociais vertiginosas minimizam nossa capacidade de reflexão, análise e crítica e, inconscientes, ficamos a mercê do consumo desenfreado, de modismos e modernismos nem sempre benéficos a nossa vida.
Transitamos pela vida sem uma filosofia que dê sustentação ao modo como nos posicionamos perante o mundo e como construímos nossas relações sociais, pessoais e profissionais.
Se nós adultos nos sentimos sufocados, atropelados, perdidos, imaginem nossas crianças e jovens. Elas já nasceram no âmago de uma sociedade repleta de conflitos, onde a ética, a moralidade, a família, os valores, a religião, passaram por processos que demandam urgente reestruturação. Os exemplos, alardecidos diariamente pela mídia, incutam nos nossos jovens crenças e comportamentos nefastos à formação de seu caráter.
É nesse contexto que nos propomos a educar gerações com idéias e valores diferentes dos nossos, por isso a dificuldade em construir as pontes que nos ligam a elas.
Precisamos nos capacitar na arte de estabelecer relações positivas com nossos alunos, entender que o melhor presente para gente é gente. E que somos nós, teoricamente mais maduros e conscientes, que devemos buscar a sintonia necessária para que a aprendizagem se efetive.
O melhor modo de fazê-lo é colocarmos sobre o aluno, nosso olhar atento e amoroso. Esse olhar nos ajudará a construir as pontes e, chegando até eles, poderemos transitar juntos.
Solidários, faremos emergir a sociedade que desejamos.

Eliana Cançado Ferreira
Secretária Municipal de Educação

“Me ame quando eu menos merecer. É a hora que eu mais preciso.”
Adélia Prado

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